Sensei Jigoro Kano e Sensei Gichin Funakoshi: exemplo de amizade e respeito
Além das pequenas disputas de poder e de mercado, há pessoas que respeitam a" luta
alheia" e tentam ajudar os amigos a crescerem. Uma pergunta sempre
ecoa nas academias de Artes Marciais. Qual
é o melhor estilo de lutas? Durante a ocupação japonesa na Coreia, os
coreanos não podiam praticar Taekwondo. Os ocupantes japoneses não queria que
houvessem focos de resistência e nem valorização da cultura coreana para evitar
rebeliões. Entretanto, eles treinavam
escondidos nas academias de karate dos próprios senseis japoneses.
Quando a policia chegava eles diziam que estavam treinando karate. Vejam a seguir uma história de profunda
amizade, respeito e tolerância foi também exemplificado pelos grandes senseis
Kano e Funakoshi.
Senseis Jigoro Kano & Gichin Funakoshi
Sensei
Jigoro Kano, o criador do Judô Kodokan, e Sensei Gichin Funakoshi, criador do
Karate Shotokan, seguiram o mesmo caminho de pesquisas e explicações
científicas, de onde surgiu a simpatia entre os dois mestres e uma grande
amizade que duraria até a morte do Sensei Kano. Fora, alias, a pedido expresso de
Jigoro Kano que Funakoshi aceitou ficar algum tempo mais no Japão,
ensinando sua arte.
Sensei Funakoshi pensava em ficar uma semana, não poderia supor que nunca mais reveria as areias de Okinawa, onde deixara esposa, 3 filhos e 1 filha. Anos suceder-se-iam a anos e o desenvolvimento do Karate solicitava cada vez mais de si, segurando-o definitivamente no voluntário exílio. Numa manhã de maio de 1922 havia começado para Funakoshi, aos 53 anos, uma nova vida, sem que se desse conta disso na ocasião. O encontro entre Sensei Funakoshi e Sensei Jigoro Kano foi decisivo para a propagação do Karate.
Sensei Kano convidara Sensei Funakoshi para fazer uma demonstração reservada no Kodokan a maior escola de Judo de Tóquio. Sensei Funakoshi demonstrou o Kata Kanku Daí (então chamado de Koshokun) e seu amigo e aluno Makoto Gima (que havia estudado em Okinawa também com Yabu Kentsu) demonstrou o Naihanchi Shodan.
Sensei Funakoshi pensava em ficar uma semana, não poderia supor que nunca mais reveria as areias de Okinawa, onde deixara esposa, 3 filhos e 1 filha. Anos suceder-se-iam a anos e o desenvolvimento do Karate solicitava cada vez mais de si, segurando-o definitivamente no voluntário exílio. Numa manhã de maio de 1922 havia começado para Funakoshi, aos 53 anos, uma nova vida, sem que se desse conta disso na ocasião. O encontro entre Sensei Funakoshi e Sensei Jigoro Kano foi decisivo para a propagação do Karate.
Sensei Kano convidara Sensei Funakoshi para fazer uma demonstração reservada no Kodokan a maior escola de Judo de Tóquio. Sensei Funakoshi demonstrou o Kata Kanku Daí (então chamado de Koshokun) e seu amigo e aluno Makoto Gima (que havia estudado em Okinawa também com Yabu Kentsu) demonstrou o Naihanchi Shodan.
Em 1924,
Sensei Jigoro Kano, acompanhado de Nagaoka, dava uma demonstração de Judo em
Okinawa. Assim, ambos os mestres, de Karate e de Judo, continuaram a se dedicar
mútua estima e amizade. Sensei Funakoshi, até o fim de sua vida,
inclinava-se, todas as manhãs, em direção ao Kodokan (também tirava seu chapéu todas
as vezes que passava em frente ao Kodokan) em memória do falecido amigo
(Sensei Kano morrera em 1938) e sempre dizia: "Sem ele eu não estaria aqui
hoje".
O dogi
(quimono) usado no karate é proveniente do Judo e foi sugerido por Jigoro Kano
a Gishin Funakoshi para que diminuísse o preconceito que havia contra
o Karate de Okinawa no Japão. No Karate há golpes que Gichin Funakoshi aprendeu
no Judo, com Jigoro Kano, e acrescentou a sua técnica como o De Ashi Harai (que
no Karate se pronuncia ashibarai) por exemplo.
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